quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A Chama de uma vela- Gaston bachelard

EXPERIENCIA DO SENSÍVEL
ENSAIO, SOBRE A OBRA “ A CHAMA DE UMA VELA “ DE BACHELAR, GASTON
Aluno: Romeu Luiz


BACHELAR, é Frances, escritor e filosofo.
O livro se conecta perfeitamente com a proposta do CC componente curricular, experiência do sensível, pois trabalhar o ser através do fogo e sem invocar os filósofos naturais, alias se fosse invocar deveria citar Tales de Mileto no qual tudo se resume em água. Mas na proposta do CC o fogo nos da à ideia de finito e ao mesmo tempo a grandiosidade e capacidade que se pode fazer a você e as pessoas ao seu redor, pois entendendo seus sonhos e desejos podemos compreender melhor as pessoas e nos sintonizar em melhor forma.


ENSAIO
O fogo desde o principio se torno divisor, os homens ao conseguirem manipular se torna deuses, como se conta no conto grego de Prometeus. Paris e conhecida como a cidade luz, não devido seu saber e beleza, mas por ter sido a primeira cidade do mundo a ser totalmente iluminada por lamparinas.
O livro nos coloca de frente a realidade mortal e transcendente de todos nos. No qual a mente humana possui vários cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxuleante, um coração sensível gosta de valores frágeis.
A luz das velas e lamparinas é o claro e escuro do psiquismo no qual temos as penumbras que até nos mesmos as desconhecemos. Mas nessas fantasias nós formulamos a estética desse claro e desse escuro, pode se ter uma imagem nítida hoje da virada do ano em NY onde o globo luminoso é a grande sensação que exprime desejos sonhos e fantasias que através daquelas luzes as pessoas se sentem confiantes.
O Passado das velas, Ao ler e refletir, sobre o fogo que é um ser sem massa e no entanto é um ser forte, e na colocação e comparação da vela com uma apulheta que ambos medem o tempo humano.
Temos a sensação que somos a própria vela que queima, que o calor nos destrói e nos consomem a cada passar dos dias. Pois a partir da leitura não somos leitores mas sim pensamos na vida, na justaposição de morte e vida.
E passamos a ter a visão de Vigenere, não sobre que vela é mais que sebo queimando, mas que nossas vidas são muito mais que simples rotinas e sistema metódico, somos como vela que ao se apagar é um sol que morre, como a luz é uma supervalorização do fogo nos temos que ser uma supervalorização do cotidiano no qual milhares de velas se extinguem sem ao menos saber que existiam.
Ao se comparar a vida com a chama e transforma em um objeto filosófico e não mais de percepção tudo será possível.
Pois a partir do momento que nos tornamos vela e fogo, somos purificados não pelo poder de destruição mas pela sensatez pois nos clareia duas vezes como diz o livro, pelos olhos e pela alma, dizendo clichês afinal os olhos são a porta da alma.
A solidão do sonhador de vela , A chama torna símbolo de um ser absorvido por sua transformação, pois todo homem tem necessidade de companhia. Com a concepção de fim diante da vela se sonha com aquilo que poderia ter sido, poderia ter feito.
A vela de Camões, estando apagada, o poeta continuou a escrever seu poema à luz dos olhos de seu gato.” Vê a necessidade de um outro a te mesmo na figura de um animal como companhia, para ajudar, para se fazer presente.
Pois a chama solidaria, geme, murmura, sofre, é como nos um ser um humano.
Mas é preciso imaginar a solidão para conhece-la para defender-se dela, mas acima de tudo para enxergar a solidão no outro e ajuda-lo, apesar que cada um cabe uma solidão diferente do outro. Mas a partir disso se fazer só com a solidão do outro se compadecer.
A verticalidade das chamas, É a verdade humana que todos sabem, (colocando a chama como a vida) todos nos caminhamos para a morte, para nos extinguir.
Mas sabendo e tendo consciência dessa realidade mortal e finita, pode se fantasiar com liberdade, pode se sonhar enquanto ainda está vivo. Ter a necessidade de melhorar de se endireitar e acima de tudo elevar seu sonhos em direções e pontos mais altos.
E ter a limitação que não se pode ter dois sonhos se sonha em profundidade com um.
A chama se torna poetizante, ativa, a vida é um fogo e mesmo sendo extinguido aos poucos nos podemos colocar mais ar, mais madeira e incendiar mesmo que o período seja curto, pois sempre a alguma coisa para queimar, para reacender.


As imagens poéticas da chama na vida vegetal.“ A chama é o elemento dinâmico da vida ereta.” Sim, o fogo é fundamental, mesmo quando se vê grandes incêndios o fogo é preciso para despertar certas sementes que só germinam com a presença do fogo, então esse mesmo poder destruidor é o que da a vida.
O fogo na vida vegetal, é exatamente como diz no texto, “ Vê-se nas macieiras frutos que brilham como lâmpadas”
E saindo desta lâmpada apenas em nos vemos que somos regidos por uma grande luminária que é o sol e é feito de fogo puro.

A luz da Lâmpada “ São talismãs de fantasia”, Se formos transformados em velas, onde nossos corpos são cera e nossa psique e alma é fogo e são feitos de pura fantasia, desejos, sonhos, mas para queimar, para incendiar devemos ter a ideia de finito nos verticalizar e saber que como o fogo da vela é frágil e pode se apagar com as turbulências, devemos mantê-lo acesso e alimentando mas tendo consciência de limitações de que fazemos parte de um grande mosaico de luzeiros e se tiver harmonia podemos queimar, inflar, incendiar e no final podemos extinguir levemente livremente sem peso, e sem pena de não ter realizado mais coisas. 

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